Itapoã: onde tradição e vanguarda se encontram
“Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã”
Ok, a gente sabe que os versos de Toquinho e Vinicius referem-se à Praia de Itapuã em Salvador, mas também poderiam descrever muito bem a nossa Itapoã, em Vila Velha.
Essa vila de pescadores convive hoje com os grandes edifícios que foram construídos no bairro, mas não perdeu seu bucolismo e as tradições. Todos os dias, pescadores da colônia de pesca local retiram do mar toneladas de cardumes de bonito, sarda, pescadinha, manjuba e outras espécies. Até quem não mora no bairro é atraído pelo peixe fresco, que sustenta um estilo de vida que permanece muito vivo, apesar de todo o desenvolvimento da região.
A Praia de Itapoã é continuação da Praia da Costa, com pouco mais de um quilômetro de extensão. Suas pequenas ondas de arrebentação e água clara colaboram para a prática da pesca de arremesso, embora a pesca seja mais tradicional em alto-mar, com os pescadores voltando cedinho para fazer a puxada de rede em suas areias.
Andorinhas-do-mar de bico amarelo e de bico vermelho, típicas espécies locais, se reproduzem de maio a setembro, principalmente na Ilha de Itatiaia, para onde é possível ir de barco a partir da Praia de Itapoã.
Na década de 60, o bairro de Itapoã contava com pouquíssimas casas e muitas árvores frutíferas. Foi a partir de 1970 que surgiram os primeiros conjuntos habitacionais, como o Jerônimo Monteiro, com 15 casas, para funcionários públicos, e o Militar e Eldorado. Posteriormente, vieram os prédios, a população foi aumentando significativamente e o bairro foi se organizando, sendo tomado por casas já na década de 80.
Nos últimos anos, grandes empreendimentos imobiliários têm escolhido a região para se instalarem, muitos deles de luxo, mudando a cara do bairro, mas, ao mesmo tempo, mantendo viva sua história, memórias, lembranças e afetos.